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Meninas que Detonam - Patricia Peck

Posted by Thais Roland on terça-feira, outubro 18, 2011 in , ,
E olha só no que eu fui acabar dando continuidade em super alto estilo!

Depois de assistir uma palestra da renomada advogada Patricia Peck, acabei descolando uma entrevista pra seqüência do Meninas que Detonam. E essa detona animal!

Um super obrigada pra Patricia que foi mega gentil em conceder a entrevista e um brigadão também pra Paula que intermediou a coisa toda. ;)

Sem mais delongas, dêem uma checada no que a moça tem pra falar. ;)

Beijocas!


Perfil

Nome: Patricia Peck Pinheiro
Idade: 36 anos
Humor: sempre bem humorada
Naturalidade: Rio de Janeiro/Brasil
Formação: Direito - USP
Emprego atual: Sócia-fundadora do Patricia Peck Pinheiro Advogados, Patricia Peck Pinheiro Treinamentos e idealizadora do Movimento Criança Mais Segura na Internet
Hobbies: Escrever, viajar, tomar vinhos e frequentar clubes de charuto e Jazz
Twitter: @patriciapeckadv


Entrevista

CMN: Patrícia, você é uma das advogadas mais importantes na área de Tecnologia da Informação. Como se interessou por essa área?

Patricia Peck Pinheiro: Minha carreira começou precocemente aos 13 anos de idade quando entrei em contato com o mundo da tecnologia. Filha de aeroviários (minha mãe era comissária e meu pai piloto da Varig), passava muito tempo sozinha com meus irmão, por conta das viagens deles. A saída encontrada por eles, muitas vezes, era nos entreter dentro de casa com equipamentos de última geração trazidos do exterior. Minha casa era como a do desenho animado Família Jetsons. Coisas que hoje são comuns para nós, na época eram consideradas verdadeiros tesouros modernos. Fomos a primeira família do meu bairro, por exemplo, a ter o precursor do Atari, computador, além de microondas, filmadora, telefone sem fio, entre outras máquinas. O ambiente favoreceu e me interessei sobre como funcionavam aqueles brinquedinhos modernos. Foi aí que pedi para minha mãe um presente bem diferente para a minha faixa etária na ocasião, a assinatura da revista Info Exame. Montei uma rede de contato digital, via BBS, em que trocava informações com colegas e também criava jogos de entretenimento para a comunidade. Em seguida, criei um site chamado Urbanóides, também via BBS, onde colocava à disposição todas as novidades tecnológicas que estavam chegando no Brasil. Também sempre gostei muito de escrever. Ganhei concursos literários na infância e na adolescência (prêmio Pau Brasil de literatura pela USP-Largo São Francisco e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro) e por conta deste dom, acabei escolhendo o Direito como profissão. Aos 18 anos ingressei no Largo São Francisco - USP e já naquela época assistia às aulas munida de um laptop. Depois da graduação, me especializei em negócios pela Harvard Business School, fiz MBA em marketing pela Madia Marketing School, com capacitação em inteligência e contra-inteligência pela Escola de Inteligência do Exército e Gestão de Riscos pela Fundação Dom Cabral. Sou autora do livro “Direito Digital” e co-autora do audiolivro e do pocket book "Direito Digital no Dia-a-Dia", “Eleições Digitais – a nova lei eleitoral na Internet” e “Direito Digital Corporativo”, todos pela Editora Saraiva, além de participação nos livros "Direito e Internet II", "e-Dicas" e "Internet Legal". Possuo experiência internacional nos EUA, Portugal, Coréia. Fui condecorada com a Medalha de Pacificador, pelo Estado Maior do Exército, em 2009, e ganhei os prêmios “A Nata dos Profissionais de Segurança da Informação”, edições 2006 e 2008, e “Excelência Acadêmica – Melhor Docente”, pela FIT-Impacta São Paulo. Ministro aulas em diversas universidades como Fundação Getúlio Vargas – SP, na AASP, SENAC-SP, FATEC-SP, Veris (IBTA-IBMEC), além de possuir uma empresa própria de treinamentos que já capacitou mais de 20 mil profissionais no Brasil. Sou fundadora do Instituto ISTART, de responsabilidade social digital, que conduz o “Movimento Criança Mais Segura na Internet”, para formação de professores, pais e alunos no uso ético, seguro e legal da Internet e Novas Tecnologias.

CMN: Pensou em ter alguma outra profissão que não envolvesse a advocacia ou a tecnologia?

Patricia Peck Pinheiro: Sempre gostei muito de escrever. Ganhei concursos literários na infância e na adolescência (Prêmio Pau Brasil de literatura pela USP-Largo São Francisco e Prêmio de Crônica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro). Por conta disso, se não fosse advogada teria seguido carreira de escritora, mas acabei juntando tudo, a tecnologia, o direito e escrever.

CMN: A advocacia não é mais (há muito tempo) uma área predominantemente masculina, mas o campo da Tecnologia da Informação ainda é bastante masculino e machista. Você já sentiu algum tipo de preconceito ou resistência de companheiros de trabalho ou clientes?

Patricia Peck Pinheiro: No início sim, mas sempre fui muito estudiosa, o que ajudou a mostrar que eu tinha conteúdo, conhecimento e isso quebra o preconceito em questão de 5 minutos, basta mostrar serviço, aí o que seria um ponto negativo (ser mulher) virava um diferencial (“nossa, uma mulher advogada que entende de tecnologia”). Transformar preconceito em admiração me ajudou muito, passei a ter bastante recomendação de trabalho pela confiança do resultado que eu era capaz de gerar. Confesso que até hoje há quem se surpreenda com a minha idade, de achar que sou muito nova para já ter tanta história para contar, e é verdade, comecei bem cedo.

CMN: Seus programas para a educação com relação à importância da segurança da informação são uma iniciativa muito interessante. De onde surgiu a idéia?

Patricia Peck Pinheiro: Tive a ideia exatamente por conta do número de pedidos vindos de executivos e de empresas por palestras e cursos ministrados por mim para sanar problemas internos e também para prevenção de incidentes digitais. Além disso, vejo diariamente uma série de lacunas na formação dos profissionais que estão no mercado. Acredito muito no poder de se compartilhar conhecimento, no quanto isso dá retorno para todos os envolvidos. Estamos na Era da Informação! Por eu falar de forma simples, didática, com muitos exemplos (contando casos) passou a ser grande a demanda por palestras não apenas para públicos corporativos, mas para Universidades, Escolas, pais, alunos. A prevenção aos riscos digitais se passa com certeza pela educação, na conscientização do usuário.

CMN: As crianças parecem ser sua maior preocupação quando se trata de educação digital. Você acha que a restrição do acesso das crianças a certos conteúdos da Internet é o recurso mais eficiente para sua proteção?

Patricia Peck Pinheiro: Não concordo com a restrição a conteúdos. Acredito que o caminho não é proibir, mas orientar e supervisionar o uso das ferramentas digitais. Claro que há conteúdos ou sites ou redes sociais mais adequados conforme a idade da criança e cabe aos pais verificar e decidir sobre isso. Os pais precisam saber mais sobre a vida digital de seus filhos, serem mais presentes e participativos, perguntar para o filho “como foi seu dia na rua digital”, que tipo de sites acessou, com que amigos virtuais falou, qual foi o conteúdo mais legal discutido na rede social. Não temos mais que buscar ter controle, temos que ter informação, educar na prevenção, vigiar e agir rapidamente em caso de incidente. Por isso é recomendável o uso de um software de controle parental instalado na máquina para saber o que a criança anda vendo na web, sentar-se com o filho ao computador e dialogar com ele, comentar casos, perguntar que postura ou opinião ele teria sobre situações como cyberbullying, assédio digital, marcar encontro com amigo virtual, uso de imagem, uso de conteúdos, como ele tem feito dever de casa e como deve citar as referências para evitar plágio, que ele não deve compartilhar senha dele nem por prova de amizade, nem de amor, ou seja, como está a conduta dele online. Se os pais não provocam o assunto, não perguntam, o silêncio é o que impera, e fica parecendo que não há problemas, até ocorrer algo grave. Tem que interagir.

CMN: Quais são seus planos como advogada e com relação às suas iniciativas sociais de educação digital?

Patricia Peck Pinheiro: Sempre tive um lado empreendedor muito forte, quero continuar a produzir e compartilhar conhecimento sobre Direito Digital e sobre Educação dos jovens nesta nova era, se possível, fazer crescer o Movimento da Criança Mais Segura na Internet até que vire matéria obrigatória em toda sala de aula de escola pública ou particular no Brasil. Inovar com qualidade e atender as novas necessidades da Sociedade são meus objetivos, em especial, continuar a escrever e a dar palestras que me dão grande satisfação, pois consigo chegar mais perto das pessoas, participar e contribuir com suas vidas diretamente. Acredito em uma advocacia mais comprometida com responsabilidade social e sustentabilidade.


CMN: Alguma consideração final?

Patricia Peck Pinheiro: Espero que o assunto continue sendo de interesse de todos e quem precisar conhecer ou saber mais pode ter um contato direto comigo nas redes sociais: twitter: @patriciapeckadv

4 Comments


Muito interessante a postura da Patricia com relação à educação infantil, concordo com o uso da conversa ao invés da restrição, pois, aquilo que é proibido é mais interessante então o melhor é enfrentar o problema no diálogo.
Gostei muito, sucesso pra voce Patricia e pro coisa que sempre surpreende.....


Ela é demais mesmo! A palestra que assisti no evento da Unimed foi demais! :)


otimo blog, (: já te sigo,

http://meninofutil.blogspot.com

bjo


Obrigada, fofo! :D Seja muito bem vindo! :D

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