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O problema de ser diferente
E aês, povo!
A Thais já deu uma geral na história da minha vida então vou falar das minhas origens hoje só pra entrar no assunto principal do post.
Nasci na savana africana há 10 anos e já comecei a sentir o que é ser diferente. O fato de eu ser preta com caveiras brancas ao invés de amarela com manchas marrons, como a maior parte das girafas (que a Thais acha que são cinza com manchas vermelhas... hahaha) me causou uma série de problemas durante toda a minha infância e adolescência. Girafas crianças me chamavam de vários apelidos enquanto eu tentava brincar com elas no jardim e até meus 6, 7 anos continuava sofrendo com ataques de girafas que se diziam "normais".
Mas com o tempo fui percebendo que esse não era um problema exclusivamente meu. Toda vez que uma girafa nascia com o pompom do rabo maior ou menos, era motivo de chacota. Meu lado aliviava um pouquinho porque na mesma semana que eu nasci, nasceu também o Gustave, que tinha uma antena só, coitado!
Eu tinha dó de como o resto das girafas zuava o Gustave o tempo todo também, mas toda vez que pensava em ser amiga dele me lembrava de como seríamos freaks e desistia.
A diferença entre eu e o Gustave era que eu respondia os insultos da girafaiada toda e, às vezes, até dava uma surra em um ou outro pra manter o respeito. Gustave ficava quieto, escutava a palhaçada toda e, às vezes, voltava chorando pra casa.
Quando decidi sair da savana pra conhecer o mundo percebi como as diferenças físicas eram supervalorizada entre a espécie humana também. Antes mesmo de sair da África tive o desprazer de presenciar uma tribo africana de humanos que sacrificava negros que nasciam albinos para preparar poções afrodisíacas.
É, meus amigos, o mundo é mesmo um lugar ingrato, mas eu nunca vi tanto preconceito como entre humanos. Quando comecei a conhecer girafas mais esclarecidas que tinham uma visão melhor do mundo parei de sofrer com piadinhas a respeito da minha pelagem peculiar. Mas entre os humanos, até representantes públicos, que deveriam ser as pessoas interessadas no bem estar de TODOS, são, declaradamente, racistas e preconceituosos.
Isso porque foi a raça humana que descobriu E decodificou o DNA e sabe que, através do microscópio, todo mundo é igual. E ainda assim, a cor da pele, o formato dos olhos, a quantidade de dedos.... faz tanta diferença... tsc tsc tsc.
Shame on you!
Aprendam com as girafas! Vocês podem ser crianças cruéis, mas se transformem em adultos esclarecidos.
Agora vou lá pra balada... inté!
Ah! Antes de ir... Não! Não tem fotinhos no meu post! A Thais me pediu pra escrever coisas importantes da vida. Ela é quem tem paciência pra ficar garimpando imagens na Internet pra colocar em posts. Eu só escrevo.
A Thais já deu uma geral na história da minha vida então vou falar das minhas origens hoje só pra entrar no assunto principal do post.
Nasci na savana africana há 10 anos e já comecei a sentir o que é ser diferente. O fato de eu ser preta com caveiras brancas ao invés de amarela com manchas marrons, como a maior parte das girafas (que a Thais acha que são cinza com manchas vermelhas... hahaha) me causou uma série de problemas durante toda a minha infância e adolescência. Girafas crianças me chamavam de vários apelidos enquanto eu tentava brincar com elas no jardim e até meus 6, 7 anos continuava sofrendo com ataques de girafas que se diziam "normais".
Mas com o tempo fui percebendo que esse não era um problema exclusivamente meu. Toda vez que uma girafa nascia com o pompom do rabo maior ou menos, era motivo de chacota. Meu lado aliviava um pouquinho porque na mesma semana que eu nasci, nasceu também o Gustave, que tinha uma antena só, coitado!
Eu tinha dó de como o resto das girafas zuava o Gustave o tempo todo também, mas toda vez que pensava em ser amiga dele me lembrava de como seríamos freaks e desistia.
A diferença entre eu e o Gustave era que eu respondia os insultos da girafaiada toda e, às vezes, até dava uma surra em um ou outro pra manter o respeito. Gustave ficava quieto, escutava a palhaçada toda e, às vezes, voltava chorando pra casa.
Quando decidi sair da savana pra conhecer o mundo percebi como as diferenças físicas eram supervalorizada entre a espécie humana também. Antes mesmo de sair da África tive o desprazer de presenciar uma tribo africana de humanos que sacrificava negros que nasciam albinos para preparar poções afrodisíacas.
É, meus amigos, o mundo é mesmo um lugar ingrato, mas eu nunca vi tanto preconceito como entre humanos. Quando comecei a conhecer girafas mais esclarecidas que tinham uma visão melhor do mundo parei de sofrer com piadinhas a respeito da minha pelagem peculiar. Mas entre os humanos, até representantes públicos, que deveriam ser as pessoas interessadas no bem estar de TODOS, são, declaradamente, racistas e preconceituosos.
Isso porque foi a raça humana que descobriu E decodificou o DNA e sabe que, através do microscópio, todo mundo é igual. E ainda assim, a cor da pele, o formato dos olhos, a quantidade de dedos.... faz tanta diferença... tsc tsc tsc.
Shame on you!
Aprendam com as girafas! Vocês podem ser crianças cruéis, mas se transformem em adultos esclarecidos.
Agora vou lá pra balada... inté!
Ah! Antes de ir... Não! Não tem fotinhos no meu post! A Thais me pediu pra escrever coisas importantes da vida. Ela é quem tem paciência pra ficar garimpando imagens na Internet pra colocar em posts. Eu só escrevo.
