Malditas Máquinas
Em quase todos os lugares pra onde viajamos, usamos os transportes públicos locais. Em Lisboa essa experiência foi surreal!
Bom... a coisa foi mais ou menos assim...
Nas estações principais das coisas (metro, trem, barco....) tem bilheterias normais, com pessoas vendendo os bilhetes e as máquinas que também vendem os bilhetes e nas estações menos importantes ficam só as máquinas.
Lisboa tem um bilhete parecido com o nosso Bilhete Único aqui de Sampa, mas com uma sutil diferença que... como eu posso dizer? Que não nega ser português... (os amigos de Almada que me perdoem. hehehe)
Funciona assim: em vez de colocar créditos nos bilhetes (como o nosso Bilhete Único, onde você coloca x reais e pode usar no ônibus, no trem ou no metro e vai debitando os valores das passagens do seu saldo) você coloca viagens nos bilhetes.
Por exemplo, você não tem nenhum bilhete, vai até a máquina e compra um com duas viagens de metro. A máquina te entrega um bilhete com duas viagens de metro. Até aí, perfeito.
Só que.... se você pegar o metro uma vez (e sobrar uma viagem ainda no seu bilhete) e você precisar usar o barco, vai ter que comprar outro bilhete. Um outro bilhete igualzinho... nas mesmas máquinas, com o mesmo nome... tudo igual, mas você não pode acrescentar uma viagem de barco num bilhete que tem uma de metro... tem que ser outro bilhete.
Agora... se você comprou um bilhete com uma viagem de metro só, pegou o metro (e seu bilhete ficou vazio) e precisar usar o barco... aí sim, você pode carregar o seu bilhete (que agora está vazio) com uma viagem de barco.
Como a gente não sabia disso no início, acabamos comprando um monte dos malditos bilhetes!!! Sério! Voltamos com 8 deles pro Brasil! OITO!!!
No começo eu pensei que a gente estivesse fazendo alguma bobagem.. não era possível que o treco fosse tão pouco eficiente!!! Mas enquanto esperávamos os amigos do meu marido chegar no porto fiquei observando as pessoas passando pelas catracas e vi que quase todas elas tinham vários bilhetes na mão também... Paravam na catraca com todos eles e iam encostando um por um no sensor até que um deles funcionava e a pessoa passava!
Meu! Sério!
Esse sufoco todo e ainda por cima com máquinas que não ajudavam nem um pouco! As filas pra comprar bilhetes ou carregar viagens nos bilhetes ficavam enooooormes em frente às máquinas, porque são lentas, confusas e pouco intuitivas.
A gente mesmo, que temos certa destreza com máquinas, passamos pelo menos uma meia hora tentando comprar bilhetes de trem numa estação que só tinha uma máquina até percebermos que a máquina estava sem os tais bilhetes (e nós não tínhamos nenhum vazio pra carregar viagens) e que não estava aceitando notas, apenas moedas.
Fico imaginando alguém que não tem muito jeito com coisas eletrônicas tentando comprar um bilhete naqueles trecos. Definitivamente o engenheiro que projetou aquilo não estava querendo facilitar a vida de ninguém! hahaha
Mas olha... foi uma das poucas coisas que eu achei que a gente tem melhor do que eles... ;) Ainda assim, acho que prefiro sofrer com os bilhetes portugueses do que com os metros paulistanos. heuaheuahe
Beijocas e até a próxima!