O peso das coisas
Tenho dois cachorros que precisam muito passear todos os dias. Como não temos muito tempo durante a semana, eles dão uma voltinha rápida de manhã e outra voltinha rápida a noite. Por isso, quando chega o fim de semana, eu os levo para uma super volta numa praça que eles adoram mais ou menos perto de casa.
Mais ou menos perto significa que tenho que levá-los de carro até lá. Saimos de casa por volta das 10h e passamos em frente à igreja Salete, na R. Dr. Zuquim mais ou menos na hora que a missa deles começa e as pessoas estão chegando de carro para assistir. Toooooooda vez tem alguém entrando atravessando as pistas...
Para quem não conhece o lugar, é uma subida (ou decida, depende de onde você vem) super perigosa. Para quem sobe, são duas faixas, para quem desce, uma. O lugar é sinalizado com duas faixas contínuas, com aquelas tartaruguinhas no meio delas, mostrando que NÃO PODE MESMO entrar de uma pista para a outra. E ainda assim, eles fazem... param o trânsito, quase causam acidentes (nunca vi acontecer, mas duvido que nunca tenha acontecido) e atrapalham a vida de quem está tentando passar normalmente, além de mostrar para todo mundo (principalmente para as crianças) que respeitar leis de trânsito é uma bobagem.
Já é tão difícil andar de carro em São Paulo e as pessoas ainda fazem esse tipo de coisa. Para fazer a coisa certa e usar um retorno mais adiante o sujeito não vai usar nem um real de gasolina... então pra quê fazer errado? Para economizar 5 minutos (nem sei se dá tudo isso para usar o retorno)?
E sabe o que é pior? Se tem carro passando do outro lado, o sujeito fica lá, parado, esperando para entrar, segurando os carros atrás dele, e fica BRAVO! quando você buzina!!! Quer dizer... EU que estou errada? Tenho mesmo que ficar ali parada esperando o boneco infringir uma lei de trânsito porque ele está cheio de criança no carro indo pra missa? Se ele causar um acidente nesse momento, o acidente vai ser sagrado?
Bem... neste domingo eu atingi o limite da minha paciencia... Fiquei com isso na cabeça até o fim do dia... aí decidi: "Vou escrever para o padre de lá.". Alguém tem que lembrar para as pessoas que leis de trânsito também devem ser respeitadas, que elas foram feitas para proteger as pessoas e para terem este efeito precisam ser levadas a sério... Já que minhas buzinadas não resolvem, talvez o padre eles escutem, afinal de contas, estão indo até lá para isso, para ouvirem o padre falar... enfim...
Entrei no maravilhoso Google e achei uma página da paróquia ou sei lá... alguma coisa relacionada com a igreja... em uma das páginas tinha o endereço desta da Zuquim... e tinha lá um Fale Conosco. Mandei o seguinte texto:
Escrevo-lhes para pedir que instruam o pároco da Igreja Salete, sita à Rua Dr. Zuquim, 1746, Santana, São Paulo, SP, que lembre a seus fiéis sobre a importância de se respeitar as leis de trânsito. Não há uma vez sequer que eu passe em frente à igreja em horário de início ou fim de missa que não tenha gente entrando ou saindo da mesma, infringindo as leis de trânsito, visto que marca a pista um par de faixas amarelas contínuas, acrescidas de "tartarugas" para enfatizar a proibição de tal manobra.
Com esta atitude, os fiéis não apenas atrapalham o trânsito nas vias locais como também mostram para seus filhos que não há motivos para respeitar as leis de trânsito e, para agravar ainda mais a situação, aquela é uma região perigosa, onde vários acidentes já ocorreram e onde este tipo de atitude só tem a prejudicar ainda mais o tráfego e propiciar ainda mais os acidentes.
Sem mais, peço que providências sejam tomadas. Conto com a compreensão da gravidade do problema pela parte da igreja e espero não ser necessário um novo contato (não mais com os senhores, mas com a Companhia de Engenharia de Tráfego) para melhorarmos a qualidade de vida numa cidade onde já nos é tão difícil viver.
Desde já, muito obrigada pela atenção.
Mantenho vocês informados... Vai ser, no mínimo, interessante não receber uma resposta de uma igreja brasileira depois de receber uma resposta do suporte da Nokia finlandesa...
See ya...
